Home Office: você está preparado para gerenciar a sua imagem?
Soon Content • Junho de 2020
Por Nair Martinenko
Trabalhar em casa. Um tema que se discutia até pouco tempo atrás como parte de um futuro não tão longe, mas também não tão próximo. A pandemia cortou esse tempo e hoje a maioria de nós está experimentando na prática o home office. Agora a discussão passou de “quando” para “até quando”.
A Covid-19 trouxe o experimento em massa do teletrabalho. De um dia para o outro, todos nós tivemos que fazer ajustes – de rotina, gestão e infraestrutura – com as atividades andando, sem margem para testes e aprimoramentos. O que antes era uma possibilidade virou realidade.
Tenho acompanhado algumas projeções de especialistas sobre o novo modelo de trabalho pós-coronavírus. A perspectiva é de que muitas empresas e profissionais adotarão o home office de forma permanente, seja em toda a jornada semanal ou seja em parte dela.
Portanto, os profissionais terão uma relação praticamente virtual com a empresa, os colegas, as chefias, os clientes e fornecedores. Essa questão nos leva a refletir sobre como seremos avaliados e percebidos à distância.
Com o digital se tornando, cada vez mais, uma extensão de quem somos, precisamos deixar de agir como se o online e offline fossem ambientes independentes um do outro. Muitas pessoas ainda acreditam ser possível fazer essa distinção.
Diante disso, será que estamos preparados para gerenciar a nossa imagem profissional em um contexto de ausência do contato presencial?
Contato presencial
Neste sentido, a performance em uma reunião presencial, videoconferência ou em uma rede social, por exemplo, se complementarão na construção da reputação. Aliás, as redes sociais já impactam na avaliação do perfil, pois as áreas de Recursos Humanos têm buscado informações de candidatos nesses ambientes.
Se por um lado temos que trocar as nossas pegadas digitais aleatórias por pegadas conscientes, por outro, as empresas precisam aprender a fazer uma leitura adequada e equilibrada do que encontram. Não custa lembrar que ninguém é um robô programado para agir sempre do mesmo jeito.
Sendo assim, temos um longo e desafiador caminho pela frente, tanto empresas quanto profissionais. Do ponto de vista individual, esse caminho passa pelo ponto de equilíbrio entre “quem eu sou e como sou visto”.
Um bom começo é assumir o controle da exposição no ambiente virtual de forma criteriosa e aceitar que a ausência não é uma solução. Não ser encontrado pode significar estar fora das oportunidades e do crescimento profissional.
Nos cursos e nas mentorias que eu tenho dado sobre gestão e reputação de imagem no digital, para profissionais de diversas áreas e níveis hierárquicos, eu percebo que o tema está deixando de ser visto como algo à parte. Cuidar da imagem já não é mais “coisa de artista” ou de “comunicadores e influenciadores”.
Quem se dedicar a sua imagem no digital terá mais chances de se destacar no mercado de trabalho e crescer profissionalmente. Este também será o novo normal.